segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Passagem- momento de renovação

              É preciso entender quando uma etapa chega ao  fim, quando é hora de virar a página de nosso livro,de cerrar aquela porta, de apagar as lembranças de algo que não foi bom, ou de algo que já se foi.
              É necessário seguir em frente e compreender aquela leitura vivida. O que já foi dito, feito, ou não feito, não pode virar recordações dolorosas , não podemos viver ao mesmo tempo nas duas passagens do tempo é preciso seguir adiante pra recomeçar, temos que atravessar essa ponte e seguir no presente rumo ao futuro.
             Tão pouco, não devemos ficar atrelados ao passado como escravos do tempo, como não podemos viver de lembranças ruins, ou dos momentos dificeis que passamos, se o capitulo daquele livro chamado vida foi uma tempestade,lembrem-se  esse capítulo passará, pois nada é eterno, a dor não é eterna, nem os sofrimentos são eternos.
           Por isso jogue fora as coisas as quais consideras velhas, aquilo que não te serve, as mágoas, os rancores,as desilusões, as lembranças tenebrosas, aquilo que te fez chorar, as vezes precisamos destruir recordações ( é dificil ,mas é preciso) é preciso modificar.
             E lembrem-se, nada  do que nos  acontece ou aconteceu foi por acaso -  recomece. Temos que iniciar um novo capítulo da nossa história e acreditar que, o que já foi lido também  foi compreendido e modificado esse é o sentido da vida - a transformação.
                                             
                                                               por Virginia da Silva Melo

domingo, 25 de dezembro de 2011

               

Feliz Natal a todos, muita luz em nossos corações, que a luz do coração de Deus irradie  nos corações dos homens que este ano que se aproxima seja repleto de paz e saúde. Obrigada a todos os leitores do Blog.
são nossos agradecimentos,

Virginia, Friederich e Clarissa.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Verdade Negada parte II (continuação)

“Quando não se havia mais lágrimas para extrair,quando o mundo já não me servia, comecei a traduzir o meu caos através das minhas palavras do meu próprio jeito” 
                                Virginia da Silva Melo
                                  

           Da calçada dava para vê-lo apressadamente chegando, cabisbaixo de olhar lançado para o chão, na mente sofrida só os sonhos a preenchia e sobre seus longos ombros, o pensamento, a passagem de quando ainda era criança. Aquele orfanato, as severas pressões dos funcionários, pensava porque a vida lhe arrebatou para aquele destino, não sabia por que aquilo havia acontecido, fora colocado lá sem menos perguntarem se gostaria de ficar, nem o direito de responder lhe havia permitido, nem uma opinião, pensavam que criança não tem direito de escolha.
         O sonho de criança, de crescer com os afagos da mãe, de assimilar a referência masculina isso lhe foi retirado,o paradeiro do pai, a certeza da orfandade.Pensava em sua mãe que foi privada da vida tão precocemente, aquele colo materno, os afagos, foram trocados pela vivência no orfanato.
          E minha violência psicologica (era minha, pertencia a mim) ,lançadas sobre mim , como forma dele  compensar a infancia de desnutrição psicologia, brutalidade  que atingiria minha autoimagem, meu autoconceito e minha autoestima.Uma década sem entender o que acontecera para que Pedro fosse assim.  (.......)
                                                                               por Virginia da Silva Melo                

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Verdade Negada parte II


“Quando não se havia mais lágrimas para extrair,quando o mundo já não me servia, comecei a traduzir o meu caos através das minhas palavras do meu próprio jeito” 
                                Virginia da Silva Melo

                  
               *    Minhas dores tornavam-se intensas, quando não conseguia verbalizar. Não falava o que estava sentindo, sentia muito medo dele, minhas palavras se fossem ditas era como via de escoamento do afeto estrangulador, sentia uma real necessidade de expressar a minha dor, era preciso escoar de alguma forma o que não suportava, essa sinestesia tão intensa.
                     A linguagem é uma expressão que se usada para verbalizar suas ações  pode ser usada como objeto de estudo de pesquisa da mente humana, entretanto não podia falar, sentia que havia perdido as  palavras, a linguagem deixara de ser minha forma de comunicação, me comunicar pela linguagem seria um absurdo um monólogo,amordaçada por toda uma vida.Que sensação terrível.Mas as palavras que me fora roubada adormeceria por longo período, enquanto  outras eram constantes aos meus ouvidos, opressoras, agressivas, de traduções duvidosas,e de interpretações vulgares,estas furavam meu peito como lanças encharcadas de ódio, ou amor quem sabe?Difícil entender opostos, já que os dois se preenchem.
                     Meus medos me dominavam, eram meus guias, me conduziam pro caminho que eu devia seguir, caminho sem caminho, paralíticos, desesperançosos, que aflição seguir esse caminho!
                    Uma linguagem imperfeita, não verbalizada, era tudo que podia dizer.
                    Sofrimento?
                    Não.
                    Escolha. Escolhi ser assim, mas se escolhe a quase inexistência, uma paralisia opcional, como? Perguntava-me.
                   O inferno pelo qual eu passara, fora o inferno do amor. Como posso falar, o inferno que me fez gente, que me amordaçou por toda uma vida, uma inutilidade perfeita, mas o que dizer  dessa inutilidade de não pensar em nada,o pensar como uma escassez horripilante de não entender o que se passava,o que pensar de uma vida inteira com a auto estima jogada ao chão, assim me sentia.
                  O bem preenchendo as cavidades do mal como uma chave que preenche a fechadura da porta, assim é o amor.
                  Assim falaria se pudesse, nunca pude falar somente gesticulava, quando menos murmurava o que sentia.
                 Monossílabos insanos, sem a mínima compreensão.
*parte do texto Verdade Negada por Virginia da Silva Melo

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Verdade Negada

    “Quando não  se havia mais lágrimas para extrair,quando o mundo já não me servia,   comecei a traduzir o meu caos através das minhas palavras, do meu próprio jeito”           Virginia da Silva Melo


       * Minhas manhãs eram todas iguais, a esperava todos os dias sempre no mesmo local, da mesma cadeira ficava a observar a infinita estrada a fim de que ela surgisse, seriam trinta longos minutos até a escola na  mesma condução.
Pensava no caos que havia dentro de mim e quando este iria se tornar gêneses, e o que tornar-se-á perguntava-me. E o tempo, esse percorria-me como um carrasco, podia sentir seu peso sobre meus curtos ombros, a solidão não é minha condição, dentro daquele ônibus com tantas pessoas e eu me sentindo tão só, sobretudo é um sentimento.
       A verdade que me foi negada,mas  preferia ser culpada para um milhão de pessoas do que por minha própria consciência, (..........), continua

      * trecho do texto Verdade Negada,  por Virginia da Silva Melo

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

                                                  "Sem a música a vida seria um erro"
                                                                        Friederich Nietzsche


                           Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas.
                                                                          Friedrich Nietzsche

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Lei. nº 11.769 sancionada em 18 de agosto de 2008, qual será a proposta?

        O título parece impreciso, mas  vamos  esclarecer um pouquinho, esta Lei a qual trata o título acima é a  lei que institui que  as escolas tanto públicas quanto privadas terão até o final deste ano para  ofertar o ensino da música nas aulas de arte da  educação básica de todo o país, mas será que as escolas e os professores estão preparados para essa nova mudança ou a mesma ficará apenas no papel?
      Será que nossos professores geralmente habilitados nas faculdades de pedagogia vão ter cursos de capacitação para lecionar o conteúdo que dispoe a lei ,mas   não deveria ser dever dos governantes a realização de concursos públicos para profissionais formados na área?
      Diz a Lei de Diretrizes e Bases  de 1996 que somente estão autorizados a lecionar na educação básica os professores com formação em nível superior na área em que irão atuar, ficamos então pensando e não seria a música uma área de atuação?
     Deixemos as perguntas um pouco de lado e vamos para a importancia da música para a aprendizagem, sabemos que a música , socializa,  contribui para  o desemvolvimento  cognitivo da criança, facilita a aprendizagem ,  ou seja a música alida a projetos pedagogicos bem elaborado ajuda na assimilação de conteúdos.
    Vamos ficar na esperança que nossos pequenos sejam embalados pelo Dó,Ré, Mi, Fá, Sol, Lá,Si.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

leitura

Nos dias de hoje em que as crianças estão habituadas às tecnologias  como  o computador, o telefone e outros meios de comunicação, os livros parecem serem coisas do passado, com toda a facildade à mão as crianças atuais estão lendo menos,  mas como  nós, pais devemos desde cedo  criar em nossos filhos o hábito à leitura?Respondo . Leia todo dia para seu filho, pois a leitura ajuda-o a pensar, enriquece seu vocabulário,melhora o desempenho escolar, ajuda-o a desenvolver a imaginação,então não há desculpas de que não tem tempo,basta uma horinha do dia dedicado à leitura para que esses beneficios sejam alcançados.
 


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Palavras

Já senti-las fincar meu peito
entrar avidamente sobre ele
perfurando-o

Já senti-las afagar meu coração,
outras me entristeceram profundamente,

algumas me trouxeram  alegria,
outras ficaram,
outras se foram,

hoje escolho,
seleciono,
promovo,
apenas as que ficarão em meu coração,

palavras.

                    por Virginia da Silva Melo

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

                        "se não te deixais perguntar como buscarás a resposta" 


                                                                                por   Virginia da Silva Melo

terça-feira, 14 de junho de 2011

O NASCER DA POESIA

DA DOR TUDO NASCE,
O FILHO NASCE DA DOR,

A DOR QUE AMANHECE MEU DIA
TUDO NASCE DA DOR
ATÉ O OUTRO DIA,

AH QUE DOR!
QUE ME DOI TODO DIA COMO POESIA.



por  VIRGINIA DA SILVA MELO

segunda-feira, 16 de maio de 2011

tua mão

A mão que segurava largou-me
Caminharei sozinha nas ruelas da vida
Caminharei, caminharei......
E algum dia voltarei a tocar tua mão já sabendo andar




por Virginia da Silva Melo

segunda-feira, 9 de maio de 2011

                                                            * O rato


            Este momento é o único momento em que consigo ficar quieta e pensar somente em meu passado e nos que foram os momentos mais consumíveis de minha vida, momento de razão, de suprema vã filosofia –momento do nada – infernalmentes torturantes mas, que fazem partes da minha razão, do que hoje me tornei.
           Pego em minha cabeça e penso se isso que estou sentindo é a razão ou a emoção, o amor ou o ódio, todos numa mesma carne, todos numa mesma lembrança se tornando consciência ou isto que está acontecendo essa  tal consciência é apenas reflexão do que foi para mim horas consumíveis do meu ser.
Eu, somente eu, sozinha de porta fechada, dentro de um barraco, um pequeno casebre, mas onde se cabia de tudo, mas ao mesmo tempo o nada não cabia mais dentro daquele recinto, somente cabendo dentro de mim, comecei a pensar no rato que vira ontem a noite aqueles olhos penetrante me olhavam, olhos pretos e brilhantes, brilhantes como pérolas que me perseguiam e eu caindo em um abismo, corria sem ver o abismo que me esperava e os olhos ainda me seguiam e como toda perseguição eu fugiria sem olhar para trás não via mas, os olhos pretos e brilhantes, pois não olhava para trás.
          Continuava sentada entre aquelas quatro paredes, para mim eram como se fossem paredes, alvenaria , mas a verdade que me sufocava não eram paredes e sim lonas e plásticos que me sufocavam toda vez que ia dormir, somente dormindo me sentia sufocada, talvez por estar dormindo não me lembrasse que morava num barraco envolto de lamas e cocôs que passavam como uma lagoa arrastando os lados ruins das pessoas e eu estava sentada tranquilamente quando ele reaparecera era aquele rato com seus brilhantes olhos pretos e nojentos que me fitava, acho que todos os ratos são iguais, brilhantes, astutos e nojentos , aquele brilho daquele ser que se movia lentamente, aquele brilho parecia fazê-lo importante, como tudo que brilha é importante, mas aquele rato parecia ter um olhar de autoridade, tinha uma certa importância .
E minha moralidade não podia deixar aquele rato me olhar daquela forma, naquela favela, nada parecia tranqüilo, nem as pessoas me pareciam tranqüilas, quando se agitavam podia escutar suas lamurias ao longe, alguns gritavam alto, outros deixavam que seus olhares gritassem liquidamente, mas os ratos me perseguiam como algozes maltrapilhos , como alguns político sem moral alguma que roubam a comida de crianças nas escolas públicas tinham uma certa semelhança a eles, ratos imundos, será que pensam como gente? Violentam como gente? Aquele rato me perseguia, entrava em minhas entranhas por seu olhar penetrante e me mobilizava, olhos sem gosto nem prazer encaravam-me forçadamente com aquele jeito astuto.
          Via seus olhos sob as tábuas do barraco que ficavam no chão, coloquei aquelas tábuas para tomar banho era assim que tomava banho sobre as tábuas num local a parte e o nojento achou de fazer sua casa embaixo de minhas tábuas e agora seus olhos astutos e precisos me perseguiam.
Tive uma ideia, pegaria ele, com a fome que estava o comeria sem mesmo esquentar sem tirar seus pêlos, seus falsos pêlos brilhantes. Para que serve seu brilho podia comê-los com pêlo e tudo, meu estômago se rebatia como um policia que bate em presos, com um pouco de violência, lembrava daquele rato que me fazia tirar do sério (......)

   * por   Virginia da Silva Melo
   introdução do conto o rato escrito por mim.

terça-feira, 3 de maio de 2011

ser mãe,
envolvê-los num  ninho d' água,
ensiná-los a romper,
a chorar,
acariciá-los,
ensiná-los a falar,
a caminhar,
a amar,
a crescer,
enfim, a viver,
estão sós.



por Virginia da Silva Melo

terça-feira, 19 de abril de 2011

Professores alagoanos são cada vez mais "agredidos" por alunos

por Emanuelle Oliveira
O Projeto de Lei 267/11 da deputada Cida Borghetti (PP-PR), que tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara Federal, estabelecendo punições para estudantes que desrespeitarem professores ou violarem regras éticas e de comportamento de instituições de ensino pode ser uma alternativa para conter o aumento de casos de violência no ambiente escolar.
Caso o projeto seja aprovado o estudante que descumprir a lei ficará sujeito à suspensão e, diante de reincidência grave, será encaminhamento à autoridade judiciária.
Com isso, haveria mudança no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) onde seria incluído o respeito aos códigos de ética e de conduta como responsabilidade e dever da criança e do adolescente na condição de estudante.
De acordo com a deputada o projeto surgiu devido ao aumento de episódios de indisciplina em sala de aula, ressaltando que muitos episódios de agressões verbais contra professores acabam sem punição.
Em algumas escolas da rede pública de Alagoas o clima de insegurança é intenso, tanto dentro quanto fora da sala de aula, que em boa parte dos casos é causado pelos próprios alunos, considerados em situação de risco por terem envolvimento com drogas.
“O problema de professores agredidos por alunos vem crescendo. Nos anos 60, os educadores eram vistos com respeito pela minha geração e eram raros os casos de agressões físicas ou verbais. Infelizmente ficamos sabendo desses casos com mais freqüência na educação pública, em escolas da periferia”, afirmou Edna Lopes, Secretária de Assuntos Educacionais do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal) e presidente do Conselho Municipal de Educação (Comed).
Edna explicou que já existem vários mecanismos para punir o estudante que cometer algum tipo de infração, destacando que projetos que abordem esse assunto acabam gerando discussões e reflexões no ambiente escolar, destacando que é possível registrar um Boletim de ocorrência diante de casos de agressão, comunicando também a situação à Vara da Infância e Juventude.
“O dolo é a justificativa usada para aplicar uma suspensão, por exemplo, mas os estudantes que agem assim não podem ser abandonados, precisam de acompanhamento e de sigilo porque o assunto é sério. Em escolas do estado há vários casos de alunos que estão em liberdade assistida. Também existem situações em que o professor agride e ele será responsabilizado criminalmente”, destacou.
Ela lembrou ainda, que é preciso pregar uma cultura de paz nas escolas, para que educadores, estudantes e funcionários se sintam protegidos.
“Existem professores que não se sentem seguros nem em chamar a atenção do aluno. Soubemos de casos de ameaça e até depredação do patrimônio do professor, como arranhões em carros. Ameaças verbais também são constantes,por isso temos que prevenir antes que a violência se instale dentro e fora das instituições de ensino”, ressaltou.

Fonte: www.cadaminuto.com.br/noticias

quarta-feira, 23 de março de 2011



Indicação de leitura
Leitura do livro "Os segredos da mata" de Simone Cavalcante,Claudia Lins e Tiago Amaral com ilustrações de Pedro Lucena.
O livro faz referência à preservação das matas das regiões costeiras como a nossa região da Orla Lagunar e Marítima.
Doado pela professora Walnyce à minha filha Francialy Clarissa se  tornando agora  seu livro de cabeceira, recomendamos a leitura do livro a todas as crianças para que as mesmas se tornem defensoras da natureza, aprendendo a preservar e cuidar.
Boa leitura !!!

                                                      Virginia da Silva Melo

segunda-feira, 21 de março de 2011

Viver



Quero viver, não por acaso, nem por agrado
Nem aos prantos.
Viver cada momento, não em vão
Nem por lamentos.
Quero viver, acalmar meu pranto,
Enxugar meu riso, extrair encantos.

Quero amar, sem que esse tornar-se-á ódio
Oriundos de uma mesma raiz
Não derramar lágrimas no sofá, nem acordar aos prantos.
Comungar desafios, tristezas e agonias
Dividi-las, reparti-las

Quero viver e amar, sofrer e morrer
Quero viver de encantos, um dia a dia de risos, lágrimas e desencantos
Chorar, rir , sofrer,amar, amadurecer

Quero viver ,,,,,
Quero viver,,,,,,,
Quero viver,,,,,,


                                       Virginia da Silva Melo

quinta-feira, 17 de março de 2011

Ambiguidade

                  



   Ambiguidade

Sozinha e triste
Quanta saudade !
Quantas angústias e noites insones
O pensamento em você
Eu, triste e cansada com minha tristeza inexada
Sem saber dizer
E o tempo cansado do meu pensamento chato!

A procura de uma resposta qualquer às minhas perguntas
A espera de uma ligação
Fico a alcançar a resposta dele, o tempo cansado e sublime
Tão inteligente, tão aplicado
Que procurei e não mas requeri, devido a valores, a razão, obstruindo o meu amor, sufocando-o
Quanto tempo serei um,
O qual me envelhece e me faz sofrer
Que tempo cansado, triste e só,
Quanta ambiguidade!Pois  parece que estás sozinho mesmo te tendo do meu lado
Por que estás em meu acontecimento diário
 E neste, somente você acontece, mas abstrato em minhas noites insones,
Nas pequenas coisas, uma palavra
Nas gigantescas coisas,as alegrias
Eu te teria sempre ao meu lado, mesmo que não fosse do meu jeito,mas não te quero de mal jeito
Quanta ambiguidade!

                                                     
                                                   Virginia da Silva Melo

terça-feira, 15 de março de 2011



         Inserir  à criança desde cedo ao ambiente linguístico é prepará-la a criar intertextualidades com o mundo, é realizar antecipações futuras de letramento e alfabetização, consiste também em  criar hábito à leitura de diferentes realizações textuais.  
         Por isso,   pais, educadores e responsáveis devem contribuir para proporcionar à criança um ambiente onde a escrita e a leitura  façam  parte de seu convívio.
         Leia para o bebê, ofereça-lhe livros com gravuras para que os folheiem (existem livros adaptados para crianças bem pequenas como os livros de banho que são uma ótima opção para bebês);
         Se a criança ainda não sabe ler, leia sempre para a criança, verá que mesmo não sabendo ler eles se interessam pela história contada, e isso virará  hábito.  





sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A MEU PAI

Meu pai se foi e comigo só me resta saudade,
saudade de acreditar que o amor existe independente da sisnesia
sinto vontade que me ensine algo, sinto também sua falta
nas horas alegres,
nas horas mais angustiantes
em minhas lágrimas soltas na escuridão do meu quarto
de não poder contar com sua ajuda para poder cessá-las
acalmar-me........

e me vêm algumas perguntas para que temos pai?
para poder nos sustentar quando cair por algum erro cometido,
para apoiar meu coração em seus braços,

para brincar comigo quando os amigos se afastarem
não preciso de nada , boneca, brinquedo ou carro
somente queria chamar meu pai quando os monstros do quarto
me assustarem

VIRGINIA DA SILVA MELO

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Está dentro de mim esse alguém que compreende

Nunca pensei que pudesse haver alguém no mundo que me entendesse, talvez nem eu me compreendesse como pensei que me compreendo sempre fui inteligente e infeliz, mas enfrentei alguém que me pudesse fazer ainda mais triste e infeliz,dentro de um mundo que não era meu, mas sozinha comecei a entendê-lo e nele o que os outros pensavam. Sobre os outros, não precisava alcançar muito aqueles horizontes mentais, somente por suas atitudes, o falar, as interpretações dos fatos, já me fazia entender o que pensavam.
Mas vejam! Quando ele cresceu disse que queria ser alguém com um futuro brilhante, nem que para isso precisasse passar por cima de seus parentes, aderentes ou de seus lamentos, nem lembrava mais de sua humilde avó, aquela que não conseguiu ensina-lhe nada , nem regras, nem que a sociedade fosse tão hipócrita e materialista, isso aprendera sozinho.
Forcei-me a acreditar naquilo que fosse verdade, o vi como refúgio para uma vida cheia de teias e restritas às condições dele, mas fui. Passei anos embaraçados nessa teia e lamentando não puder mais sair, não consegui aprender muito durante minha estadia nessa teia, somente quando saí, pude ver o que hoje não acredito que me acontece. Algumas vezes acordei com alguém tapando minhas narinas, sufocando-me talvez, difícil acreditar naquilo que pude viver, assim sem ar, me foi roubado todo o ar, o que me restou foi sofrimento, há dias não tamparam minhas narinas, não tinha ideia do que estava acontecendo, a dor , os desadores da solidão, quando minhas narinas eram forçadamente tapadas e quase não podia respirar com o pouco de ar que me restava ainda conseguia trabalhar,ser escrava social a alimentá-lo e para sonhar tempo não havia, as vezes sonhava quando ele não estava, quando sim, minha atenção era voltada a ele.
Certo dia, pude acreditar em mim mesma, tamanho sofrimento e quando minha dor crescera à medida que pedia para não mais sentir, as horas são tão incertas, não se pedia para adoecer , adoecia-se a qualquer minuto a qualquer tempo que se estivesse saúde, a minha andava debilitada e ele me olhava poucas vezes, na verdade não conseguia ver seu olhar apenas nas fotografias, via o tempo passar em que estava naquela fotografia, talvez por isso que não me deixara ver seu olhar profundo e nevoante. Um dia acreditara que podia respirar, não estava doente, acreditei, respirei profundamente e ele não estava mais lá apenas na fotografia,Senti que o que aconteceu-me foi por acaso , num suscinto destino como quem cruzam dois transeuntes e estes conversam sem saber onde o outro mora, logo depois continuam sua caminhada, sobrevivi muito tempo sem entender o que me aconteceu, nem a precisão de saber o dia seguinte conseguia entender , pelejei por estar aqui , abandonei todos os detalhes de minha vida, a pensar que existem pessoas extremamente inteligentes e emocionalmente frágeis e outros inteligentes e não tão frágeis , a pensar que cresci tão fortemente entendendo a quem me cercava com exuberante distorções, aprendemos nas distorções do outro e em nossas próprias distorções e não nas qualidades,estas nos servem apenas para serem seguidas, já as distorções e defeitos para serem interpretados e diagnosticados , hoje penso que vivi mesmo sem ar aprendendo naquilo que no mundo é mais presente as distorções, e em minha súbita vida aprendi a respirar e me entender, logo pude pensar, será que não devo criar dentro de mim alguém para me entender.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Severinos Atuais

Hoje se morre antes dos vinte,
não são todos severinos,
mas todos com o mesmo destino
A droga decapita suas vidas,
E não há programa que vença,
Os tiros de pistolas na cabeça
A maldita droga que extingue os Severinos de Maria
Hoje vivemos num país de velhos
Nossos jovens morrem cedo,
não da mesma morte Severina de Cabral,
Mas da mesma metáfora avassaladora
um pouco por dia nossos jovens se vão
Não há governo que consiga diminuir estes índices
A fome não foi extinta,ainda há fome que outros tempos
Esta não cabe nem no cinema, nem em telejornais,
cabendo somente nos períodos eleitorais.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Acerca de uma visão de sujeito comportamental.

Homens e mulheres em condicionamentos como meros “animais” em teste experimental, só que ao sair desse tipo de processo ou comportamento experimental eles se compensarão com uma boa grana é esse o que chamamos de BBBs, como podemos falar em comportamento humano quando estes são colocados à prova de suas capacidades de interagir, construir, respeitar o próximo e se sair bem nas batalhas e correrias ao comando de um “mestre” que lhes impõe uma prova, e os homens e mulheres ditos racionais correm a frente a fim de se vencer essa prova, e se para isso for preciso passar por cima de seus valores e fundamentos tão essências para se viver em sociedade hão de passar. Em casa os vários telespectadores assistem e ligam para gastar seus dinheiros e suas capacidades cognitivas no intuito apenas saber quem vai ganhar aquela bela grana.
Há medida que correm atrás da natureza materialista que é o dinheiro, nos lembramos do estudioso Lev Vygotsky que desenvolveu a teoria socio-cultural do desenvolvimento cognitivo. A sua teoria tem raízes na teoria marxista do materialismo dialético, ou seja, que as mudanças históricas na sociedade e a vida material produzem mudanças na natureza humana, de certo que Vygostsky está correto, visto que quando uma bela grana está em jogo às mudanças cognitivas e na natureza humana acontecem, não esquecendo que, para se ganhar vale tudo até derrubar os outros e deixá-los no meio do caminho.
Jean Piajet (1896-1980) diria que esse tipo de comportamento se daria por adaptação que é guiada por uma orientação biológica para obter o balanço entre esses esquemas e o ambiente em que está. (equilibração), então os BBBs alternam-se entre estabelecer um equíbrio das estruturas mentais para uma melhor adaptação no lugar onde estão confinados.
Mas será que Piaget não se entristeceria ao saber que tais candidatos não estariam estabelecendo as teorias de aprendizagem? Tornando-se meros condicionadores em busca de um capital, será que Marx não saberia teorizar melhor essas estruturas? Ou talvez Burrhus F. Skinner (1904 – 1990) seria o estudioso mais indicado para melhor esclarecer esse tipo de comportamento, para Skinner o ser humano está adaptado ao condicionamento operante este diz que determinado comportamento tem maior probabilidade de se repetir se a seguir à manifestação do comportamento se apresentar de um esforço (agradável) isso sendo uma forma de condicionamento onde o comportamento acabará por ocorrer antes da resposta, será que não seria o caso de nossos BBBs? Deixando as perguntas um pouco de lado e vamos para nossas teorias atuais
Enquanto nosso país está se acabando em águas e desmoronamento de barreiras, através da resposta da natureza em resposta à destruição do homem sobre ela, o Brasil assiste e joga seu esforço diário que acho que conseguido através do trabalho dura , somente para ver quem vai ganhar a bela grana, apostando naquele que tiver maior probabilidade de resistir ao chamado comportamentalismo / behaviorismo (estudo do comportamento observável). Observa-se o outro sob suas capacidades de interagir socialmente, mas para isso o que vale é o dinheiro em jogo, pensem! Será que não seria melhor ajudar essas vitimas das enchentes do que apostar para ver quem estará maior adaptado a viver socialmente ou a fingir que se adaptariam aos condicionamentos já que são sujeitos pensantes.

Virginia Melo
Professora,servidora pública - pos-graduando em Psicopedagogia Clínica e Institucional-Gestão de Pessoas na Administração Pública.

sábado, 15 de janeiro de 2011

De pai para filho,de mãe para pai ou vice e versa.

No deslumbramento da vida, a minha, segue em paz, agora depois de te conhecer, sobretudo quando você está perto de mim,
Na amplitude do mundo te vejo com olhos de ternura, um amor indiferente à dor, outrora quando as reflexões sobre a vida me perseguem consigo enxergar em você reflexões sobre o amor.
Se hoje chegar minha hora irei feliz por te ter conhecido....
E digo que sou a pessoa mais feliz do mundo, nunca envergonhei a pessoa que fui, nem tampouco decepcionei a essência que possui,
Ao seu lado me sinto o universo, sinto uma estranha paz, talvez a segurança da vida, e com certeza a paz de Deus,
Ouço avidamente as suas palavras, suas reflexões, me sinto forte como uma rocha ao seu lado,
Sinto em você minha inspiração pra viver, às vezes fala o que desejo dizer e não consigo explicação para tal, nas arrogâncias do mundo consigo enxergar em ti um exímio estudioso da vida , um ser diferente, cheio de amor e ternura , não conhecida antes por mim.
Uma paz que me engrandece, que me fascina e me faz feliz, mas sempre a vida impondo obstáculos para a felicidade tanto almejada por nós, nessa acepção de felicidade tão desejante a circunstância da vida constrói barreiras para que não a alcemos tão facilmente.
Acho que o que acontece conosco são circunstância da vida, para uns , destinos que se entrecruzam, para outros, ocasião da vida, mas a certeza é que há um amor de não explicação, coisas sem explicações só podem ser criações de Deus, não possuem fundamentos nem concepções que o homem possa explicar.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A Máscara

Depus a máscara e vi-me ao espelho
Era uma criança
de quantos anos ? Não ao sei.
É essa a vantagem de saber tirar a máscara e tornar a pô-la,
Ser sempre criança,
Depus a máscara
Assim é melhor
Assim sem máscara
E volta à personalidade como a um término de linha

Ora sejamos sempre crianças,com ou sem máscara
Forjamos nossas vidas na escuridão,
Não abram seus olhos,nem hoje, nem amanhã
para que não possamos ver na face oculta do outro,
A desesperança,
O sofrimento,
A dor de não ser mais uma criança.
Depus minha máscara e vi, lamento e dor,
amor não pude ve.

Outra vez desejo não enxergar tua dor em minha face.
Sofri, desejei, obriguei a não te senti,
hoje sinto o quanto neguei tua face, teu amor ou talvez minha dor
não vivi, apenas sofri.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Quase poemas

Haiti

Gostaria de dormir e acordar na cidade devastada,
Que desespero daqueles que estão soterrados em sua própria miséria
Afundados em suas angústias!
Alguns, ainda sobrevivem depredados pela miséria, pelo desespero de ainda encontrar alguém nos escombros,
Pobres seres! Refletimos sobre o que fizeram para merecerem tamanha desgraça
Em nosso país se roubam e são absolvidos, principalmente se o dinheiro for colocado em meias, cuecas, bonés ou até sapatos,
Talvez, furtar não seja pecado tão grave,
Viver seja pecado maior.
Sob os escombros estava meu castigo
Por isso sonho em acordar num país melhor,
Dormir já não consigo.
Ontem encontraram mais um, degradado, embaixo dos entulhos
Abaixo da muralha do sofrimento,
Da angústia desidratada, de olhos esbugalhados,
Porém em nosso país os olhos esbugalham–se defronte ao dinheiro público
Das notas estampadas de peixe morto
Quantas essências mortas, quanta dor daqueles que nada tem
Quantas carnes mortas, na dor e no sofrimento só restam agora o clamor daqueles embrutecidos Fabianos.



Dor materna

Hoje sentir em meu almoçar a dor de duas crianças, ou talvez três não sei.
Meu coração bateu forte, comecei a estremecer
Senti náuseas, não conseguia engolir
Pensei em meus dois seres tão infantes
E desprotegidos, sofri.....
Meus pensamentos não me deixavam em nenhum momento,
O coração entreabriu-se, debateu-se, solfejava, bramia, gritava como um louco
Minhas crianças que por conseqüência de uma embriaguês de um covarde qualquer desprendia-se do mundo, Michael e Pedro
Cadê vocês!
Minhas crianças tão infantis.
Senti uma grande angústia sem menos os conhecer
Covardia alcoólica o que fizestes com meus meninos, minha carne adormece somente pensando na dor dessas mães que passaram pouquíssimo tempo com seus dois anjinhos tão pueris,
Como estava colorido o céu ontem pareciam que as nuvens estavam em festa para a chegada dos meninos ,
Senti meu coração estremecer, debatendo-se estalando dentro de mim, Meu Deus!
Que tamanha dor de sofrer por vocês como mãe que sou.

Virginia Melo

Mentalmente Solitária

*por Virginia Melo

Mentalmente Solitária
Tento entender........................... Estou apenas tentando entender, eu tento, apenas, apenas entender, somente entender ..... entender o que vivo....
Esta é minha imagem, uma imagem que se transmitia para as pessoas uma coisa que não o era, mas as pessoas pensavam que era. Não importa apenas sabendo eu quem sou já me basta. Quando o mundo era bastante grande para mim, o mundo se tornava pequeno, e não cabia mais em mim, me repugno somente em pensar nas coisas que ele conseguiu destruir, talvez por conta de tudo que me aconteceu neste mundo tão complexo. Quanto a mim mesma não pensei que a imagem que tenho de mim me parecesse tão grotesca, mas não sou assim como pensam que sou, apenas finjo ser o que não sou, a incerteza me deixa ofuscar aquilo que os outros pensam que sou, a verdade é pra mim um direito de pensar naquilo tudo que desejo ser e somente ela sabe quem realmente sou, os outros apenas vêem minha imagem.
Vivi tentando entender as aparências, o que as pessoas pensam das aparências, será que ela não nos consegue enganar? Ofuscar aquilo que desejamos que os outros pensem. O pensar pra mim é soberania dos mais valentes galardões, talvez eles pensem que sou o que eu apenas nunca imaginei ser, então será que as aparências enganam? Talvez seja preconceito dos tolos pensar aquilo que não somos, sofri com tudo aquilo que os outros achavam que fosse.
Hoje não confio no que me acontece, sabedoria talvez, ou intranqüilidade? Fui torturada por aquilo que os outros pensavam e por um maltrapilho ser ignorante que quase aniquilou aquilo que eu mais tenho de melhor.
Aconteceu-me uma coisa que eu desconfio o pensar dos bons e o maltratar dos ruins, ou vice e versa. No mundo tranqüilo e penetrante que vivi somente consigo pensar em tudo aquilo que sofri, uma vez consegui palestrar mentalmente no que os outros pensam o que me é mais presente, quando acordei imaginei que tinha sonhado, mas não foi um sonho, aconteceu-me de verdade não consigo hoje explicação para tal fato, a sala estava lotada de homens e mulheres, todos estavam compenetrados nos seus lugares, somente conseguia ouvi minha própria mente e esta me torturava. Tentando penetrar na intimidade do meu pensar e também das pessoas que ali estavam, cada um queria saber o que e como encontrar resposta para tamanha opulência de poder pensava eu em muitas coisas ao mesmo tempo aquilo me dava medo!
Será que consigo reorganizar meus pensamentos outra vez – Estava tudo desordenado não conseguia me compreender nem o outro, de repente um feixe de linguagem encarnou em mim então consegui falar, pedi a Deus que aquela falta de organização mental não pudesse me atrapalhar, mas aos poucos somente consegui ouvi algumas pessoas sussurrando. Fitei minhas mãos, estavam suadas encharcavam como uma panela em fogo muito quente, só que o vapor que saia de minhas mãos estava frio.
Estou só tentando entender as aparências, começando pela minha , que aparência tive, acho que ninguém notou tamanho sofrimento mental e solitário, estava eu me tornando solitária?Pensei. Por algum momento parece que consegui me entender, compreender o que estava me passando, não quero hoje me confirmar que vivi sob aparências uma aparência que não era minha, rótulo de outro, sempre o outro pondo rótulos em nossa aparência, aquela sociedade me transformara me mudara.......
Se eu não consegui me confirmar em mim mesma talvez não consiga aderir esse rotulo, rotulo de um produto que não sou. As pessoas me pareciam tranqüilas e eu tão solitária entre tantas pessoas ao meu redor e eu tentando entender a mim mesmo, o que estava eu fazendo ali? Naquela ocasião tudo aquilo me parecia ilusão e incerteza, aqueles tentando entender às questões do caderno alguns tão perplexos diante de mim, outros infantis, outros tão sexualizados e eu somente tentando entender a mim mesma e nada daquilo que lia conseguia assimilar, o que minha mente decifrava então? O que aos olhos dos outros eu parecia? A isso prefiro chamar de destroço mental, parecia confusa! Que estava eu fazendo ali tão sozinha e infeliz a vida me colocou embaixo da cama logo cedo, um lugar solitário e escuro, escuro e solitário., onde descobri os mais diversos monstros , os seres mais caricatos do mundo e este mundo chamava-se embaixo da cama para onde ia algumas vezes.
Meu maior medo estar entre não saber o que os outros pensam talvez não conseguir saber seja meu maior medo. Aos poucos consigo estabelecer a garantia de saber o que realmente sou sem me prender ao que penso , pensar é pra mim esclarecer a mim mesma e ao mundo entendendo-me dentro dele, esse é pra mim um receio, acreditar que sou maior que meu mundo, onde me cabe todas as pessoas mesmo aquelas que não pensam e nada sabe absolver. Os mais torturantes seres cabem dentro de meu mundo, estou tentando compreendê-los cabendo eles dentro de mim consigo desprendê-los do que são. Enfim meu mundo é bastante grande e consigo amá-lo dentro de minhas possibilidades. Por um instante olhei todos para saber o que estavam fazendo e quais as aparências deles, a minha tentava imaginar o que me viam e como me viam? Algo estranho surpreendeu meu pensamento, descobri que compreender tudo aquilo me tornava infeliz, ninguém me observava apenas eu me via dentro de mim mesma. Senti me parecer transparente, mas que transparência e esta onde posso ver meus próprios pensamentos, como pude ver minhas abstrações e a dos outros?Alguém levantou e fitou-me surpreendido pelo meu olhar penetrante e infeliz.


*professora, servidora pública, especialização em Psicopedagogia Clinica e Institucional.